Brisa
(Herbert Haeckel)
No verde campo, sopra a viração
Primeira, a encetar-me este imenso viço...
É um envolver pleno de emoção,
O meu sofríbil coração cediço...
Esboroado, o velho coração,
Que de martírios, do lugar vindiço,
Abre-se, com uma íntima canção
Que traz o amor, este subtil feitiço...
Ingredo um viajor em campo ignoto,
Depérdito em passagens melancólicas,
Sou o que sou... E meu triste passado é roto!
Contemplo o duvidoso porvir - sei -,
Com belas sensações líricas, eólicas:
- Beija-me a face, brisa! - enfim roguei...
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