sexta-feira, 10 de julho de 2009

Carminis III - Herbert Haeckel

Carminis III
(Herbert Haeckel)

Diva de resplandor imensurável,
Que entre tantas no páramo de estrelas,
De tal encanto assim, inexorável,
És de todas a mais bela entre as belas!

Fulguras, Deusa amada, mui inefável,
Uma luminescência, que destrelas
O firmamento até inabalável,
Brilhando tu somente em lugar delas!

Quando perto de ti, morrem de inveja
Estrelas que povoam o celeste
Azul; uma a uma ao te mirar raiveja...

Conspicuamente, amar-te é uma dádiva.
E ao ouvires suplicar-te, maisquiseste
A mim que outros: enlevas-me alta Diva!

Carminis II - Herbert Haeckel


Carminis II
(Herbert Haeckel)


Que é o amor, senão, um espinho em flor?
Verbera, reverbera e que atormenta...
Lúgubre encantamento, fluido alor,
Que queima todo o corpo e a alma alimenta.


Que é o amor, senão, um pleno torpor?
Que, no mar da existência, é tormenta
E que impõe a quem ama um torvo algor,
A confranger crepuscular juventa...


É como ver, sem com os olhos ter,
A recôndita essência, cerne da alma...
Depérdito em quimera o coração,


Amante, foge, e assim supõe conter,
Presto, fugaz ímpeto e não se acalma,
Porque o amor, que tem, é imolação!


Carminis - Herbert Haeckel


Carminis
(Herbert Haeckel)



Da pétala orvalhada, escapa o fino olor
Deleitoso do amor que raia e já aflora...
Ouço o mágico som, vivo, de multicor,
Que sai de tua boca em determinada hora...

Sinto-me mais completo e forte no calor,
Calor que emana do teu abraço e que me alvora,
E irradia-me o ser de intenso e largo amor,
A tomar da paixão o lugar em que mora...

Dos beijos teus, retiro o ar que tanto respiro,
Beijo que inflama, queima, e que a viver me inspiro...
E ao amar-te,  mitigar o sofrer cruel vou,

E nos teus braços, hei de consolar-me à noite,
E a solidão delir - ah! este bárbaro açoite! -
Bem sabes tu, mulher, que sem ti nada sou!


 

1892 III... - Herbert Haeckel


1892 III...
(Herbert Haeckel)


- Cala-te! De onde vens, mal sucedido
Aborto, de imoral ventre nascido?
Se és infeliz, pelo amor ter perdido,
Culpa-te pelo mal então crescido...

De cotio ofenderes... E escondido
O nome, semeias ódio parecido
Ao que quando de a ti foi concedido
Vires ao mundo, ser imerecido!

Se a alguém resta 'inda só uma esperança
De ver-te em informal maternidade
Arrependida: malograda a fé!

Pois que te faltas é a temperança!
Pena causa-me a tua veleidade,
Um vaticínio de desdita até!


 

1892 II... - Herbert Haeckel

1892 II...
(Herbert Haeckel)

Na félea cólera do teu ser vil,
Nutre-se a mais repulsiva afeção.
De hábitos de cariz, pois, incivil,
Tu és uma emblemática abjeção!

Da putréia não te eximes, teu covil,
Que, amando-a, tem-la por predileção,
Se queres algo, fazes-te servil,
A buscares sem paga a repleção!

E quando tu tão logo assim puderes
Pisar naquele que a mão te ofertou,
Lépida o fazes, e com bel-prazer!

Ouve, então: se ainda teus rancores deres,
Terás a destra forte que matou,
Um a um, os vis anseios de maldizer!

1892... - Herbert Haeckel

1892...
(Herbert Haeckel)

Despe-te das tuas imundas vestes,
Que a mentira, esta indômita senhora,
O teu escudo imane - e não contestes! -
Cobriu, com manto, tua alma, que aflora

Mesquinhez, sordidez, pequenez... Estes
Atributos, que cabem em ti agora,
São vaticínio de que estás já prestes
A sucumbir ao inferno, sem demora...

E das trevas que tu semeias se faça
Profecia do termo de teu ser,
De aziaga vilanagem como fulcro...

Não te apresses: certa é tua desgraça!
E daqueles que, de ti, algum sofrer
Tiveram, o escarrar em teu sepulcro!

Pensamentos...



«Mesmo a mulher mais sincera esconde algum segredo no fundo do seu coração.» (Kant)

«Assim como se diz que a hipocrisia é o maior elogio da virtude, a arte de mentir é o mais forte reconhecimento da força da verdade.» (William Hazlitt)

«Conhecer a verdade não é o mesmo que amá-la e amar a verdade não equivale a deleitar-se com ela.» (Confúcio)

«A água corre tranqüila quando o rio é fundo.» (William Shakespeare)

«O repouso é bom, mas o tédio é irmão do repouso.» (Voltaire)

«Você será avarento se conviver com homens mesquinhos e avarentos. Será vaidoso se conviver com homens arrogantes. Jamais se livrará da crueldade se compartilhar sua casa com um torturador. Alimentará sua luxúria confraternizando-se com os adúlteros. Se quer livrar-se de seus vícios, mantenha-se afastado do exemplo dos viciados.» (Sêneca)

«É extremamente fácil enganar a si mesmo, pois o homem geralmente acredita no que deseja» (Demóstenes)

«Precisamos parecer um pouco com os outros para compreender os outros, mas precisamos ser um pouco diferentes para amá-los.» (Paul Géraldy)

«O que sabemos é uma gota e o que ignoramos é um oceano.» (Isaac Newton)

«Na atual sociedade, em que os valores estão invertidos, o dinheiro é capaz de comprar tudo, inclusive a verdade, a amizade e o amor. Mas, findo o dinheiro, esgotam-se, também, e ao mesmo tempo, as verdades, as amizades e os amores por ele comprados.» (Herbert Haeckel)

Curiosidades

Calcula-se que há 100 milhões de insetos para cada ser humano.

A maior borboleta do mundo é a Queen Alexandra Birdwing, encontrada numa pequena área da floresta tropical no norte da Papua Nova Guiné. A fêmea, que é maior que o macho, pode chegar a 31 cm de envergadura e ter massa de até 12kg. Está ameaçada de extinção, em razão da destruição de seu habitat natural.

O órgão sexual da aranha macha está localizado no final de uma de suas patas.

As abelhas possuem cinco olhos; três pequenos no topo da cabeça e os dois maiores na frente.

Alguns insetos conseguem viver até um ano sem a cabeça.

Uma barata pode viver até 6 dias sem a cabeça; acaba morrendo de fome, porque não tem como se alimentar.

As formigas comunicam-se por meio do olfato.

Mosquitos são atraídos duas vezes mais pela cor azul do que por qualquer outra cor.

O inseto com o maior cérebro em relação ao tamanho do corpo é a formiga.

Os mosquitos fêmeos chupam o sangue, porque necessitam das proteínas para desenvolver os ovos que carregam.

Uma asa de mosquito move-se mil vezes a cada segundo.

As moscas domésticas vivem apenas 2 semanas.

Os mosquitos causaram mais mortes do que todas as guerras juntas.

A luz dos vaga-lumes é produzida pela oxidação de uma substância química chamada luciferina na presença de uma enzima chamada luciferase, de ATP (fonte de energia) e de magnésio. A cor e o ritmo da luz variam de acordo com a espécie. O animal pode controlar a produção, a duração e a intermitência (quantas vezes acende e apaga) da luz. A luminescência é um aviso aos inimigos para que se afastem. Nos adultos, também tem a função de atrair a fêmea para o acasalamento.