Uso do infinitivo...
As palavras classificam-se quanto à morfologia (função taxeonômica) e quanto à sintaxe (função sintática).
Morfologicamente, são dez as classes de palavras: substantivo, pronome, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, numeral, artigo e interjeição. O substantivo nomeia os seres, as coisas, as substâncias. O verbo indica a idéia de ação ou estado.
Os verbos classificam-se quanto à predicação, à voz, à flexão, à conjugação e ao processo de conjugação. As flexões verbais podem ser modais, nominais, temporais, pessoais, numerais e de voz.
A forma modal dos verbos é a maneira como a ação é expressa pelo verbo. Os modos são o indicativo, o subjuntivo e o imperativo.
Quando os verbos podem exercer a função nominal, típica dos substantivos, dos adjetivos e dos advérbios, diz-se que possuem a forma nominal. São formas nominais do verbo: o infinitivo, o particípio e o gerúndio.
O infinitivo é o próprio nome do verbo, ele indica a ação sem situá-la no tempo. São formas infinitivas: amar, comer, sair, ter, haver etc.
É constante ver pessoas utilizando mal o infinitivo. Orações como estas a seguir, apesar de comuníssimas, em que se utilizam o infinitivo no lugar de verbos na forma modal, estão erradas: «como estar você?», «o menino ler a cartilha», «eu construir uma casa», «eu sumir no salão», «ele crer na honestidade»... Correto é «como está você?», «o menino lê a cartilha», «eu construí uma casa», «eu sumi no salão», «ele crê na honestidade»; isto é, com os verbos conjugados na forma modal.
Há uma maneira de evitar o grave erro, quando se tem dúvida quanto à utilização da forma modal ou da nominal. Vejamo-la: substitui-se o verbo por um substantivo; se a oração tiver sentido, o verbo deve ser utilizado no infinitivo, ex: amar é bom – ao substituir o verbo amar por um substantivo qualquer, a oração não perderia o sentido (chocolate é bom; amor é bom; livro é bom...). Mas, se o verbo for modal, nenhum sentido terá quando houver a substituição do verbo por um substantivo: «ele crê na honestidade»; ao mudar o verbo por um substantivo, ver-se-á que não há sentido algum na construção – «ele pássaro na honestidade» (trocamos o verbo crer pelo substantivo pássaro, e nenhum sentido há na construção; logo, o verbo tem de vir conjugado na forma modal).