Manuel Antônio ÁLVARES DE AZEVEDO. Nasceu em São Paulo, em 12 de setembro de 1831; faleceu no Rio de Janeiro, em 25 de abril de 1852. Escritor da segunda geração romântica (Ultra-Romântica, Byroniana ou Mal do Século), contista, dramaturgo, poeta e ensaísta brasileiro. Em 1847, ingressa na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Durante o Curso de Direito, traduz o quinto ato de Otelo, de W. Shakespeare, traduz Parisina, de Lord Byron, funda a revista da Sociedade Ensaio Filosófico Paulistano. Não chegou a concluir o Curso, pois foi acometido por uma tuberculose.
Sua obra compreende: Poesias diversas, Poema do Frade, o drama Macário, o romance O Livro de Fra Gondicário, Noite na Taverna, Cartas, vários Ensaios, e a sua principal obra Lira dos Vinte Anos.
Suas principais influências são Lord Byron, François-René de Chateaubriand e Alfred de Musset.
Morreu em decorrência de complicações de um tumor na fossa ilíaca, agravada após uma queda de cavalo, quando tinha 20 anos.
É o Patrono da Cadeira 2 da Academia Brasileira de Letras.
Último Soneto
Já da noite o palor me cobre o rosto,
Já da noite o palor me cobre o rosto,
Nos lábios meus o alento desfalece,
Surda agonia o coração fenece,
E devora meu ser mortal desgosto!
Do leito, embalde num macio encosto,
Tento o sono reter!... Já esmorece
O corpo exausto que o repouso esquece...
Eis o estado em que a mágoa me tem posto!
O adeus, o teu adeus, minha saudade,
Fazem que insano do viver me prive
E tenha os olhos meus na escuridade.
Dá-me a esperança com que o ser mantive!
Volve ao amante os olhos, por piedade,
Olhos por quem viveu quem já não vive!
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