Mal Secreto
(Raimundo Correia)
Se a cólera que espuma, a dor que mora
N'alma, e destrói cada ilusão que nasce,
Tudo o que punge, tudo o que devora
O coração, no rosto se estampasse;
Se se pudesse, o espírito que chora,
Ver através da máscara da face,
Quanta gente, talvez que inveja agora
Nos causa, então piedade nos causasse!
Quanta gente ri, talvez, consigo,
Guarga um atroz, recôndito inimigo,
Como invisível chaga cancerosa!
Quanta gente ri, talvez existe,
Cuja ventura única consiste
Em parecer aos outros venturosa!
(Raimundo Correia)
Se a cólera que espuma, a dor que mora
N'alma, e destrói cada ilusão que nasce,
Tudo o que punge, tudo o que devora
O coração, no rosto se estampasse;
Se se pudesse, o espírito que chora,
Ver através da máscara da face,
Quanta gente, talvez que inveja agora
Nos causa, então piedade nos causasse!
Quanta gente ri, talvez, consigo,
Guarga um atroz, recôndito inimigo,
Como invisível chaga cancerosa!
Quanta gente ri, talvez existe,
Cuja ventura única consiste
Em parecer aos outros venturosa!
Nenhum comentário:
Postar um comentário